sábado, 19 de junho de 2010

O real e o imaginário

No filme Matrix os homens e todo o nosso mundo não passam de um software, um programa de computador, uma mera ilusão. Quando o indivíduo não conhece o original, o real, o genuíno, o verdadeiro, ele acredita no falso como se fosse o verdadeiro. È o que acontece com o personagem Neo, no seu estilo de vida solitário ele atingira seu limite sem conseguir explicar o que sente.
Na verdade, em Matrix, estamos diante de um mundo digital tão perfeito quanto a realidade, é importante destacar que inúmeros avanços tecnológicos vem surgindo em beneficio da humanidade, porém as maquinas inteligentes não possuem um sentido de vida.

Iris Almeida - G4 - UNEB

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para aprender um pouco mais.

Deixo um arquivo em PDF muito interessante e de fundamental importância para nosso aprendizado.
http://www.razonypalabra.org.mx/CORPO%20MIDIA%20E%20CULTURA.pdf

Iris Almeida - G4 - UNEB

Do corpo biomecânico ao mecânico


Em o Homem de Vitrúvio, Leonardo da Vinci desenha o corpo humano no interior de um círculo e de um quadrado. Expressão de um homem com as proporções perfeitas no espaço de figuras geométricas perfeitas.

Enfim, na sociedade da tecnociência, da informação, da inteligência artificial, da nanorrobótica: será o corpo humano obsoleto? Seremos no futuro próximo apenas sofisticados avatares? Ciborgs? Robôs?

Na sociedade do século XXI: será a despedida do corpo biológico? Matrix surgirá como uma hipótese viável? Corpos híbridos entre o biológico e o artificial? Mundo das máquinas inteligentes? Enfim! Será a morte do corpo humano? Será, finalmente, a glória do espírito? A renovação radical do dualismo axiológico de Platão? A confirmação peremptória do dualismo res extensa e res cogito cartesiano?


Iris Almeida - G4 - UNEB

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A SIMULAÇÃO DO SER



É indiscutível a importância dos meios de comunicação de massa e das mais recentes tecnologias comunicacionais na sociedade contemporânea, tendo em vista que, segundo Deleuze, são estas as máquinas que correspondem a este período, designado por ele como sendo uma sociedade de controlo. É a partir do seu surgimento e através de sua utilização que observamos transformações em todos os âmbitos sociais, tais como na economia, na política, na ciência e, principalmente, na subjectividade humana. A sociedade actual vive um enfraquecimento dos padrões tradicionais, determinado principalmente pelos media e pelas novas relações que daí advêem. Cada sociedade produz o seu ideal e o nosso hoje é criado pelo espectáculo dos mass media, onde o ideal se torna mais que um modelo: é um exemplo.

A mensagem dos meios de comunicação em torno dos ideais de beleza acaba por reduzir o sujeito a um corpo em evidência – socialmente aceite ou publicamente depreciado- , assim como as tecnologias de rede (como os blogs e webcams na internet) e as novas técnicas de vigilância promovem uma mudança no estatuto do olhar do outro, possibilitando uma exteriorização do indivíduo, em que o mais importante é o modo como se aparenta ser do que o que antes, na modernidade, era visto como relevante: os sentimentos, carácter, etc. Hoje, é-se o que se mostra. Portanto, para que o sujeito seja aceite pelo outro, ele deve ser visto. Os mass media, ao propagar os ideais de beleza, incita o indivíduo a sonhar estar em evidência, lugar de onde pode olhar e ser olhado. Para além do corpo cultural, surge um corpo impassível, que sofre com métodos rigorosos, constituídos por cálculos, renúncias, reconhecimento exacto sobre o peso e sobre a forma estética da imagem. Daí surgem as condições para que as pessoas, principalmente a mulher – historicamente mais cobrada do que o homem em relação à aparência – desenvolvam distúrbios relacionados à imagem corporal, entre eles os alimentares e os compulsivos. O aumento do número de ginásios, de clínicas estéticas, do consumo de produtos de emagrecimento e de beleza; o cresci-mento da preocupação com a saúde preventiva (discurso existente principalmente nos media), e o surgimento a todo o momento de revistas especializadas e programas de televisão que prometem “transformar” o indivíduo, são indícios do “funcionamento” desse novo modo de perceber o corpo. Não por
serem consequências positivas, mas por serem os lugares onde esse processo se constitui e se perpetua. Por outro lado, os transtornos alimentares, a compulsão por cirurgias plásticas, dietas e exercícios, o consumismo compulsivo, a busca por uma padronização ao mesmo tempo em que se procura uma identidade própria, a insatisfação com os resultados obtidos nas dietas, nos ginásios e nos programas de televisão, podem ser considerados “falhas” desse processo, na medida em põem em xeque a afirmativa, muitas vezes difundida pelos meios de comunicação e acreditada pelos indivíduos, de que se é feliz quando se é belo. Além disso, é importante observar a resposta dos mass media às tais falhas (publicidade a produtos de beleza em que se procura “respeitar” as diferenças entre as mulheres, reportagens que procuram mostrar os riscos de cirurgias e dietas), que acabam, em vez de atenua-las, servindo também a perpetuação e “funcionamento” do processo.

Na íntegra em: http://www.andreiamoniz.com/corpo_e_tecnologia.pdf